quarta-feira, 8 de agosto de 2007

MIGUEL PEDRO - 19


Miguel Pedro, extremo direito, chegou à Académica 5 dias antes da época começar. Fez as camadas todas no Boavista tendo jogado também no já extinto Salgueiros e no Desportivo das Aves. É uma jovem promessa do futebol português.

Fora de Jogo: Qual é a sua rotina habitual?
Miguel Pedro: Acordo por volta das 9h30/10 horas, tomo o pequenoalmoço, vejo televisão, leio jornais, internet… por volta das13h almoço. Às 15h30 venho para os treinos e depois dou uma volta nos centros comerciais, ver lojas e vou para casa. À noite vou ao cinema, jogo playstation ou assim.


Fora de Jogo: Falou em jornais, que tipo de jornais lê?
Miguel Pedro:
Leio os jornais regionais, Diário de Coimbra, geralmente, e um dos jornais desportivos… Jogo, Record ou Bola… já que todos falam a mesma coisa.


Fora de Jogo: Acha que os jornais regionais tratam bem a temática da Académica?
Miguel Pedro: Penso que sim… quando há problemas eles falam mas quando acontece alguma coisa boa eles também abordam…abordam o mais importante.


FDJ: A família sempre o apoiou durante a formação da sua carreira?
Miguel Pedro: Para ser sincero, a minha mãe nunca quis que eu fosse jogador de futebol. Não é que não acreditasse em mim mas toda a gente sabe que é difícil (…) hoje já me apoia claro.


FDJ: É difícil conjugar a vida profissional com a pessoal?
Miguel Pedro: Não penso que não, a vida profissional que levamos permite conjugar perfeitamente bem com a pessoal.


FDJ: Na sua opinião, os clubes devem apostar na formação e tentar formar jogadores “da casa” em detrimento dos ditos craques estrangeiros?
Miguel Pedro: Acho que sim porque o problema do futebol português é mesmo esse. Temos tantos bons jogadores nas camadas jovens, somos campeões da Europa, do Mundo e muitos jogadores perdem-se quando fazem a transição dos juniores para os seniores porque não há uma aposta forte (…) a Académica está a fazer bem essa aposta com o Tourizense, os jogadores que vêm dos juniores podem integrar-se num plantel sénior…muitos clubes estavam a tentar fazer com as equipas B mas isso acabou, o que foi mau.


FDJ: Para além de ter feito as camadas jovens todas no Norte do país também jogou lá já como profissional. A diferença a nível de apoio é grande?
Miguel Pedro: No norte as pessoas são mais exigentes ,mais calorosas, mais exigentes…aqui são mais calmas…lá no porto há cobrança, é diferente lá. O apoio é muito importante, nós sentimos a força deles (…) [as criticas] é normal, quando não se sentem bem devem protestar.


FDJ: Durante o verão costuma estar atento às contratações ou desligasse um pouco da realidade desportiva?
Miguel Pedro: Nas ferias raramente estou em Portugal, a única coisa que levo é o portátil (…) vou acompanhando mas a gente nas férias esquecemo-nos um pouco disso…só quero praia e sair, abstrair-me um pouco…mas é claro que de vez em quando vejo.


FDJ: Quando viaja se houver imprensa portuguesa, compra-a?
Miguel Pedro: Não, não, quando vou para fora através da Internet tenho
acesso a tudo.


FDJ: A carreira de futebolista é bastante curta. Muitos jogadores começam desde cedo a preparar o seu futuro. Já pensou o que vai fazer quando acabar a sua carreira?
Miguel Pedro: Dá que pensar… gostava de montar e gerir um restaurante (…) adoro cozinhar e isso é uma boa opção.


FDJ: Para alem de jogador, por vezes é “forçado” a ser adepto. Sofre mais como adepto ou como jogador?
Miguel Pedro:
Sofro muito, muito, muito mais cá fora…temos uma perspectiva melhor do jogo e enervamo-nos porque não podemos contribuirnem podemos gritar para o campo “Olha não estás sozinho”, sofre-se muito mais.


FDJ: Esta época teve lesionado cerca de dois meses. Como foi o processo?
Miguel Pedro: O processo não é doloroso, é motivador, nos primeiros dias senti-me um bocado abatido... a família também me ajudou, a direcção, os médicos…todos me disseram que eu ia recuperar. Passada uma semana [da lesão] foi a motivação de voltar, de ficar bem. Nós às vezes ficamos chateados por não sermos convocados ou por estar no banco e não entrar e isso é bem pior do que nos lesionarmos.


FDJ: É importante a presença de um psicólogo no clube? Para lidar com as lesões, adaptações, resultados menos bons…
Miguel Pedro:
Penso que sim, é importante. Porque não dar uma oportunidade? Se não der resultado vai embora como acontece com os jogadores… acho que era uma boa aposta.


FDJ: Qual a importância do desporto nos jovens?
Miguel Pedro: Penso que toda a gente gosta de desporto… o desporto motiva os jovens e tira-os de vícios, drogas, bebida, fumar e penso que é importante para a vida em geral.


FDJ: Tem algum ritual antes de entrar em campo?
Miguel Pedro: Não, penso que não. Se calhar tenho mas não reparo… todos os jogadores têm acho eu…mas eu,pelo menos, se tenho, não reparo.

Nenhum comentário: