sexta-feira, 10 de agosto de 2007

MEDEIROS - 14




Medeiros, defesa central e jovem promessa do futebol português. Nasceu em França e foi lá que se formou enquanto jogador de futebol. Regressou há duas épocas ao seu “segundo país” onde vestiu a camisola do Vitória de Guimarães. Entrou este ano em
Comunicação Social sendo um dos jogadores que não deixa quebrar a tradição da briosa ser o “clube dos estudantes”.


Fora de Jogo: A sua formação como jogador foi em França. A diferença do futebol francês para o português é muito grande?
Medeiros: Não, os clubes profissionais têm praticamente as mesmas condições de treino e a nível de qualidade também é ela por ela…





Fora de Jogo: Como foi o processo de adaptação?
Medeiros: Adaptei-me bem porque já vinha de férias para Portugal. Os meus pais são portugueses e já conhecia o país… adaptei-me bem quer a nível de mentalidade quer de coisas
portuguesas.





Fora de Jogo: Veio para Portugal por opção ou quis regressar ao país?
Medeiros: Ofereceram-me um contrato no Varzim e eu vim para cá…





FDJ: A família sempre o apoiou para seguir o seu sonho?
Medeiros:
Sim, o meu pai sempre gostou muito de futebol e como as coisas estão a correr bem e estou feliz também estão felizes por mim também… é sempre importante o apoio da família porque é mais um incentivo para tentar conseguir ser melhor.





FDJ: Sendo luso-francês o coração “tomba” para que lado?
Medeiros: Gosto muito de Portugal mas o meu coração vai para França porque tenho lá a família toda e foi lá que vivi mais tempo.





FDJ: Já jogou no Guimarães antes de vir para a Académica sentiu mais pressão por parte dos adeptos em alguns dos clubes?
Medeiros:
Mais pressão em Guimarães…Sim há mais pressão mas eu prefiro jogar assim…é sempre bom ver muitos adeptos nos treinos e também no estádio.





FDJ: Como se sente quando um jogo não lhe corre tão bem e é, por exemplo, assobiado?
Medeiros:
Ser assobiado é normal, quando falhamos um passe ou assim (…) não nos pode afectar muito porque são coisas que estamos sempre sujeitos e temos que estar habituados.





FDJ: É complicado conciliar as aulas com os treinos?
Medeiros:
Não, não é complicado porque fiz um horário flexível…está a correr bem...foi complicado no início porque já não estudava há muito tempo e é bom voltar a estudar e a aprender algumas coisas…





FDJ: Pensa pôr em prática os seus conhecimentos da licenciatura quando acabar a carreira?
Medeiros: Não, só vou pensar nisso quando acabar o futebol, no fim de carreira. Por enquanto, penso que, se temos oportunidade de continuar a estudar temos que aproveitar porque a vida de um jogador é curta e nem todos ganhamos bem a nossa vida e quando acabamos o futebol é complicado (ou pode acabar com antecedência por causa de lesões) e é sempre bom ter um suporte a nível de estudos.





FDJ: Era comunicação social que queria seguir?
Medeiros: É uma área que gosto e foi uma opção que eu tomei… mas só o tempo dirá se sigo essa área ou não (…) até agora estou a gostar.





FDJ: Tem algum ídolo?




Medeiros: Não tenho, mas gosto muito da maneira de jogar do Zidane e do Maradona.





FDJ: É importante o adepto num estádio de futebol?
Medeiros: Sim claro que é muito bom quando estamos a jogar em casa e fora termos um apoio porque nos incentiva mais para os jogos





FDJ: É importante a presença de um psicólogo num clube?
Medeiros:
Não sei acho que isso depende de cada pessoa…alguns jogadores conseguem gerir essa parte psicológica outros não conseguem lidar da mesma maneira o problema (…) cada pessoa gere os seus conflitos à sua maneira.





FDJ: Tem algum ritual?
Medeiros: Benzo-me 3 vezes.





FDJ: Estava em campo quando aconteceu o acidente com Feher. Na sua opinião o caso despertou mentalidades? O que mudou?
Medeiros: Para já começamos a fazer mais exames ao coração e de esforço, passou a ser praticamente obrigatório e abriu as mentes aos jogadores, pelo menos para mim que penso que agora tenho que aproveitar a vida porque de um momento para o outro pode acontecer (…) no momento pensei que não fosse real, só mesmo quando cheguei a casa nos dois / três dias seguintes e revi na televisão é que entrei em choque (…) no inicio não me apercebi até pensei que ele estava a simular uma lesão como a equipa e estava a ganhar, estava a 2 metros dele e até lhe virei as costas depois quando vi os colegas é que me apercebi que era grave.

Nenhum comentário: